Durante a gestação, a alegria vem acompanhada da curiosidade sobre o tamanho do bebê.

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O terceiro trimestre da gestação (da 28ª semana até o nascimento) marca a reta final de uma jornada extraordinária. Nesse período, o bebê cresce e ganha peso rapidamente, ocupando cada vez mais espaço dentro do útero. Para a mãe, essa fase traz uma mistura intensa de sentimentos: a ansiedade de finalmente conhecer o bebê, a preocupação com os preparativos e a emoção de estar prestes a viver um dos momentos mais transformadores da vida.

Além das emoções, existe também uma grande curiosidade: “Qual é o tamanho do meu bebê agora?”. No terceiro trimestre, essa pergunta ganha ainda mais relevância, já que o desenvolvimento está praticamente concluído e o foco é no ganho de peso e na maturação dos órgãos. Neste artigo, vamos mergulhar nos detalhes dessa etapa, explicando o que acontece com o corpo da mãe, como o bebê evolui e como lidar com os mitos e verdades que surgem na reta final.

O corpo da mãe no terceiro trimestre

O crescimento do bebê exige adaptações intensas do corpo materno. Entre as principais mudanças estão:

• Aumento do peso: ocorre como resultado do crescimento acelerado do bebê, da placenta, do líquido amniótico e também das reservas energéticas do corpo materno.
• Inchaço: é comum aparecer nos pés, tornozelos e mãos, principalmente por causa da retenção de líquidos.
• Azia e refluxo: surgem porque o útero maior passa a pressionar o estômago, provocando desconforto após as refeições.
• Cansaço: torna-se mais frequente, já que dormir pode ficar difícil devido ao tamanho da barriga.
• Contrações de Braxton Hicks: são contrações leves e irregulares que ajudam a preparar o útero para o parto.

Esses sintomas podem gerar desconforto, mas também são sinais de que o corpo está se ajustando para o grande momento.

As emoções da reta final

O terceiro trimestre traz consigo uma verdadeira montanha-russa emocional.

Ansiedade pela chegada

A cada semana, a espera se torna mais longa e a curiosidade sobre como será o parto cresce junto com a vontade de finalmente conhecer o bebê. Com isso, a ansiedade também ganha força e se intensifica.

Medo do desconhecido

Nesse período, é comum sentir receio do parto, das dores e até das novas responsabilidades da maternidade. Esses sentimentos não devem ser vistos como fraqueza; pelo contrário, fazem parte natural da transição para essa nova fase.

Alegria e conexão

Mesmo em meio às inseguranças, a alegria vai ganhando cada vez mais espaço. Conversar com o bebê, sentir os chutes e imaginar o primeiro encontro fortalecem o vínculo e criam uma conexão única e emocionante.

O pré-natal no terceiro trimestre

As consultas médicas tornam-se mais frequentes, geralmente quinzenais ou semanais. Nelas, o médico verifica:

• Peso e altura uterina da mãe.
• Posição do bebê.
• Pressão arterial e exames laboratoriais.
• Dilatação e sinais de trabalho de parto, nas últimas semanas.

O médico também pode solicitar exames adicionais, como ultrassonografias para acompanhar tanto o peso estimado do bebê quanto a quantidade de líquido amniótico.

Preparativos práticos e emocionais

Com o nascimento se aproximando, é hora de organizar os últimos detalhes:

• Mala da maternidade: roupas do bebê, documentos, itens de higiene e roupas confortáveis para a mãe.
• Enxoval finalizado: garantir fraldas, roupas básicas e acessórios essenciais.
• Plano de parto: alinhar preferências com a equipe médica.
• Rede de apoio: combinar com familiares ou amigos como será a ajuda nos primeiros dias.

No aspecto emocional, é fundamental conversar abertamente sobre as expectativas com o parceiro ou com pessoas próximas e, ao mesmo tempo, buscar informações sobre o puerpério — a fase que começa logo após o nascimento.

Dicas para lidar com a ansiedade

• Respiração e relaxamento: técnicas simples ajudam a acalmar a mente.
• Exercícios leves: caminhadas ou yoga para gestantes aliviam tensões.
• Organização: preparar os detalhes com antecedência reduz preocupações.
• Evitar comparações: cada gestação é única, e prazos podem variar.

Lembre-se: a gestação pode durar até 42 semanas, e cada bebê tem seu tempo.

Mitos e verdades do terceiro trimestre

“Se a barriga está baixa, o parto será em breve.” → Parcialmente verdade

A barriga pode descer quando o bebê se encaixa na pelve, mas isso não significa que o trabalho de parto começará imediatamente.

“Bebês grandes não podem nascer de parto normal.” → Mito

Muitos bebês grandes nascem de parto normal. A decisão depende de fatores como a posição do bebê e as condições clínicas da mãe.

“Se passar da 40ª semana, é perigoso para o bebê.” → Parcialmente verdade

Muitas gestações passam da 40ª semana sem problemas. O acompanhamento médico define o momento certo de intervir, se necessário.

“Se o bebê não mexer por algumas horas, algo está errado.” → Parcialmente verdade

Os bebês podem ter períodos de sono mais longos, mas movimentos reduzidos de forma persistente devem ser avaliados imediatamente por um médico.

O vínculo na reta final

O terceiro trimestre também representa uma oportunidade única de aprofundar o vínculo com o bebê. Conversar, cantar e acariciar a barriga ajudam a transmitir calma não apenas para a mãe, mas também para o bebê, que já consegue reconhecer vozes e sons familiares.
Muitas mães relatam que essa conexão reduz a ansiedade e aumenta a sensação de preparo para o grande encontro que está por vir.

Conclusão

O terceiro trimestre marca a etapa da contagem regressiva. Nessa fase, o bebê já está quase pronto para nascer, enquanto o corpo da mãe passa por transformações intensas e as emoções se tornam ainda mais fortes. É um período de preparação, ansiedade e expectativa, mas também de profunda conexão com o bebê.
Mais do que nunca, esse é o momento de confiar no corpo, no acompanhamento médico e na força interior que já existe em você para viver a chegada do nascimento com segurança e serenidade.”